Diamantino Fernandes Trindade
RESUMO
Neste trabalho são expostas algumas das idéias colocadas em prática na disciplina “História da Ciência” do bloco de disciplinas optativas “Energia e Vida” do terceiro ano do Ensino Médio do CEFET-SP. São realizadas também algumas reflexões sobre o caráter integrador e interdisciplinar que tal disciplina pode ter e a sua contribuição na formação, por parte dos alunos, de uma visão de Ciência como processo construído historicamente.
Palavras-chave: Ciência, interdisciplinaridade, História da Ciência.
ABSTRACT
This work are displays some of the ideas put into in practices in the subject “History of Science”, optional block of the subject “Energy and Life” of the third year of “Ensino Médio”(equivalent at High School in USA) at CEFET-SP. Some reflections about integrator character and interdisciplinar are held also, that subject can have its contribution in the instruction, on the part of the students, a vision of Science as constructed process at history.
Keywords: Science, interdisciplinarity, History of Science.
INTRODUÇÃO
A partir da década de 1960, a História da Ciência começou a se delinear como um espaço para a crítica do conhecimento científico através da interdisciplinaridade. Um espaço estratégico do ponto de vista educacional, pois procura enfatizar a ética científica, respeitando a humanidade e a sua história, e desta forma, resgatando o homem no seu sentido superior. Durante os anos de 1990, houve um crescente interesse, na área de educação, pela História da Ciência, e muitos trabalhos foram escritos nos últimos anos sobre a sua importância na formação dos alunos de Ensino Médio. Entretanto, freqüentemente o seu conhecimento é construído de forma episódica nas disciplinas das chamadas ciências da natureza (Física, Química, Biologia) e na Matemática, quando tópicos de história da ciência são introduzidos apenas de forma ilustrativa, configurando o que se convencionou chamar de "perfumaria", uma espécie de pausa para respirar entre dois conteúdos "duros" e que realmente, estes sim, devem merecer a importância do professor e do aluno! Esta não é, seguramente, a História da Ciência que desejamos que faça parte da formação dos alunos de Ensino Médio do nosso país.
Apesar de ser fundamental que os professores das quatro disciplinas relacionadas às ciências naturais introduzam no cotidiano das suas disciplinas, tópicos de história da ciência, que não se limitem a um caráter apenas ilustrativo, episódico, factual e cronológico, a existência de um espaço curricular próprio e específico para os conteúdos de História da Ciência possibilita que estes conteúdos possam ser abordados e articulados de forma muito mais orgânica no processo de ensino-aprendizagem. Numa visão interdisciplinar da área de Ciências da Natureza, Matemática e suas tecnologias, a História da Ciência é por excelência uma disciplina aglutinadora. Pode-se citar como exemplo que uma compreensão do conceito de energia a partir dos modelos atômicos e moleculares, não é algo que se restrinja à Física, pois também diz respeito à Química e à Biologia Molecular. Conceitos como estes transitam entre essas e outras disciplinas, e também podem ser interpretados quantitativamente pela Matemática.
Além disso, a inclusão de tópicos de História da Ciência deve procurar ressaltar o caráter da ciência como processo de construção humana em oposição ao seu caráter de objeto de estudo acabado, que é excessivamente enfatizado por muitos livros didáticos de Física, Química, Biologia e Matemática. A História da Ciência é fundamental para ressaltar o papel da Ciência como parte da cultura humana acumulada ao longo dos séculos, cultura esta, com a qual uma educação científica efetivamente emancipadora deve estar sempre preocupada. O ensino da História da Ciência deve sempre que possível dar uma ênfase tanto nas controvérsias científicas que existiram no desenvolvimento da Ciência, quanto nos dilemas éticos vividos e nos valores assumidos por cientistas ao longo da história. A História da Ciência permite uma convivência crítica com o mundo da informação e a compreensão científica e social da vida no nosso planeta, ou seja, é um aprendizado que proporciona uma participação consciente no "romance" da cultura científica, ingrediente primordial da saga da humanidade.
Em 1999 foi apresentada, e a partir de 2000 implementada, a idéia de que o bloco de cinco disciplinas optativas propostas para os terceiros anos do Ensino Médio do CEFET-SP - de responsabilidade da área de Ciências da Natureza, Matemática e suas tecnologias - contivesse uma disciplina de caráter integrador denominada “História da Ciência”. O seu eixo gerador escolhido foi a evolução dos conceitos científicos ao longo da história, vinculada ao desenvolvimento tecnológico e econômico da humanidade, procurando inter-relacionar os conhecimentos fundamentais desenvolvidos nas diversas ciências da natureza. A introdução desta disciplina como componente curricular do Ensino Médio teve como objetivo principal aumentar a capacidade de reflexão crítica dos alunos sobre o desenvolvimento científico e tecnológico, estimulando a compreensão do mundo e da natureza que nos envolvem e dos instrumentos tecnológicos construídos com a ajuda da Ciência, inter-relacionando as diferentes disciplinas científicas entre si e com as humanidades, as artes e a Filosofia, e refletindo sobre o conhecimento científico, sobre as suas conseqüências sociais e éticas e sobre as controvérsias existentes ao longo da construção da ciência, que precisam ser encaradas como naturais e inclusive necessárias para que novas e importantes idéias possam vir à tona, colaborando para uma melhor compreensão do universo.
Esta disciplina enquadrou-se ao Projeto Pedagógico do CEFET-SP nos seus três pontos basilares: a História da Ciência e da tecnologia como eixo temático, a interdisciplinaridade como método e também como princípio filosófico-pedagógico norteador, e a Pedagogia Crítico-Social dos Conteúdos como embasamento de caráter teórico.
OS QUESTIONAMENTOS, OS OBJETIVOS E A METODOLOGIA DA PESQUISA
Durante a minha trajetória como professor interdisciplinar de História da Ciência situei algumas questões relevantes para a minha pesquisa:
· Por que ensinar e aprender História da Ciência?
· Qual o papel da História da Ciência como veículo interdisciplinar das Ciências Naturais, Matemática e suas tecnologias?
· Como é possível fazer a interação de disciplinas agrupadas em uma determinada área de conhecimento, através da contextualização de conteúdos, visando retirar o aluno da condição de espectador passivo?
· Qual o papel da Ciência, na vida social e produtiva do Planeta, para o tempo vivido pelo aluno e pelo professor?
· Quais as mudanças que a História da Ciência pode proporcionar ao aluno e ao professor num tempo em que tudo é transformação, principalmente nas novas concepções educacionais?
Em decorrência de tais questões delineei como objetivos desta pesquisa analisar criticamente, sob a ótica da interdisciplinaridade, minha experiência como professor da disciplina História da Ciência, apreendendo eixos de explicação e compreensão do que tem permeado práticas pedagógicas comprometidas com o conhecimento científico rigoroso e inovador.
Estes objetivos instigam a opção metodológica: ênfase no relato de minha prática como cenário de vivências que tentam imprimir uma perspectiva crítica e reflexiva ao exercício docente.
APRESENTANDO INTERLOCUTORES
Um dos interlocutores utilizados na pesquisa foram os textos legais, principalmente os “Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio” do Ministério da Educação – Secretaria da Educação Média e Tecnológica (1999) com a finalidade de localizar a disciplina História da Ciência dentro das concepções do Ensino Médio expressas na Lei de Diretrizes e Bases da Educação – Lei 9394/96.
Quando a LDB destaca as diretrizes curriculares específicas do Ensino Médio, ela se preocupa em apontar para um planejamento e desenvolvimento do currículo de forma orgânica, superando a organização por disciplinas estanques e revigorando a integração dos conhecimentos, num processo permanente de interdisciplinaridade.
A poluição ambiental não é, em particular, um problema físico, químico ou biológico. Não cabe apenas nas fronteiras das Ciências da Natureza, mas igualmente das Ciências Humanas.
A História da Ciência cria importantes interfaces com outras áreas do conhecimento. O caráter interdisciplinar da História da Ciência não aniquila o caráter necessariamente disciplinar do conhecimento científico, mas completa-o, estimulando a percepção entre os fenômenos. Isto é fundamental para grande parte das tecnologias e para o desenvolvimento de uma visão articulada do ser humano em seu meio natural, como construtor e transformador desse meio.
Em função do que foi explicado anteriormente, a interdisciplinaridade é outro interlocutor importante nesta pesquisa. No mundo atual, envolvido pelas exigências de contexto globalizante, é importante repensar sobre as reivindicações geradoras de fenômeno interdisciplinar e suas origens, que desencadearam uma nova ordem de pensar sobre o homem, o mundo e as coisas do mundo, que se encontram em estado de franca efervescência.
Um outro interlocutor utilizado nesta pesquisa foi a contextualização como recurso para a integração das disciplinas da área de Ciências Naturais, Matemática e suas tecnologias.
Nas escolas, geralmente, o conhecimento é reproduzido das situações originais nas quais aconteceram suas produções. Por isso, quase sempre o conhecimento escolar se vale da transposição didática. Quando bem trabalhada, a contextualização possibilita, ao longo da transposição, que o conteúdo do ensino desencadeie aprendizagens significativas que mobilizam o educando e estabeleçam entre ele e o objeto do conhecimento uma relação de reciprocidade. A contextualização abarca por isso áreas, âmbitos e dimensões presentes na vida das pessoas, social e cultural, e mobiliza competências cognitivas já adquiridas.
HISTÓRIA DA CIÊNCIA: A ÓTICA DE UM PROFESSOR
Alguns aspectos importantes da História da Ciência são necessários para o desenvolvimento desta pesquisa, principalmente nas aulas desta disciplina. Inicialmente foi feita uma abordagem epistemológica mostrando a história da História da Ciência. Em seguida foram analisados os fenômenos naturais observados pelos homens primitivos e suas indagações sobre si mesmos, observando que as plantas e os animais, como eles, nasciam, cresciam, ficavam maduros, envelheciam e morriam. O Universo povoara-se de deuses e a terra, a grande Mãe, tornara-se origem e berço da humanidade, estabelecera-se, portanto, o estreito parentesco entre a ordem cósmica e o ser humano.
Um estudo sobre a estruturação do conhecimento na civilização grega antecede a análise da Idade Média, a longa noite dos mil anos, período herdeiro direto da cultura greco-romana e sua sociedade assentada em bases estritamente cristãs, portanto religiosa, dirigida e organizada pela Igreja Católica. Surge então a modernidade que gerou uma nova concepção científica, afetando todos os campos do saber, modificando as técnicas de investigação, os objetivos e o papel que a Ciência passou a desempenhar na filosofia e na própria sociedade.
As grandes transformações da Ciência surgem no século XIX com a retomada do modelo atômico de Demócrito, por Dalton, e mesmo não sendo aceito por nomes notáveis da comunidade científica, permitira que o conceito mecanicista do Universo se tornasse cada vez mais elaborado, agora atingira o invisível. Consolidara o desenvolvimento da Física e alimentava o crescimento de outras ciências mais jovens, como a Química, a Biologia, a Psicologia e as Ciências Sociais. No final do século XIX, quando o grande edifício científico parecia pronto, e pouco poderia ser acrescentado, implodiu. Foi arrebentado de todos os lados. A descoberta dos elétrons, dos raios X, e da radioatividade sugeriu a existência de um mundo infinitamente pequeno e, extremamente complexo.
O grande ponto de mutação ocorreu com a publicação das descobertas de Albert Einstein sobre o efeito fotoelétrico, a resolução experimental da antiga questão da realidade dos átomos e a teoria da relatividade. Outros brilhantes cientistas contribuíram para essa nova visão de Ciência como: Niels Bohr, Werner Heinsenberg, Erwin Schorindger, Max Planck e outros.
Para que a História da Ciência se tornasse de fato um espaço para a discussão sobre as formas de ciência em várias épocas e lugares seria preciso romper o dogma de que o conhecimento se desenvolve de forma continuada, acumulando o saber e progredindo numa só direção, desde os primórdios da existência humana até a Ciência Moderna. Thomas Kuhn foi sob este aspecto um divisor de águas. Na década de 1960 atraiu o interesse de historiadores, antropólogos e cientistas para a História da Ciência quando publicou uma obra justificando a descontinuidade da Ciência. Segundo ele, a Ciência de fato avança, se acumula e se aprimora em torno de um determinado paradigma – um conjunto de regras, normas, crenças e teorias que direciona, conforme a época, a comunidade envolvida – nos períodos normais. Quando um paradigma se torna limitado demais frente às novas visões, ele entra em crise. Iniciam-se, então, as grandes revoluções científicas até o estabelecimento de outro modelo, eleito com base nas ansiedades estéticas e emocionais da sociedade naquele determinado momento, ou seja, uma busca de acordo com o critério das suas verdades.
O que conhecemos como Ciência Moderna tornou-se apenas uma forma de interpretar o mundo, mas nunca a melhor ou a mais completa e talvez, por buscar a dominação antes da compreensão, acabou por gerar competição e destruição.
A HISTÓRIA DE MINHA PRÁTICA COMO PROFESSOR DE HISTÓRIA DA CIÊNCIA
A importância deste espaço curricular fica patente pelo fato de que, cada vez com maior freqüência, há a necessidade de se conhecer a linguagem científica para compreender a situação da Ciência e da tecnologia sob o ponto de vista das conseqüências sociais, econômicas, políticas, culturais e éticas. Uma metodologia que se coaduna com os objetivos pedagógicos desta disciplina leva em conta ainda, a relação bastante fértil entre a Ciência e a Literatura, portanto atividades de leitura são fundamentais, seja de textos de divulgação científica ou de documentos originais. Trabalhando com eles, mais do que obter informações de maior ou menor importância, percebi que meus alunos se aproximavam da vida viva dos homens que os haviam escrito, de suas dificuldades, de suas emoções e também de suas incertezas frente às novas descobertas.
Alguns temas da História e da Filosofia da Ciência discutidos são: relações entre Ciência, tecnologia e sociedade; as visões internalista e externalista da História da Ciência; origens das atividades científicas; a Ciência na antiguidade e no mundo greco-romano; a ciência medieval e ainda a ciência árabe; o Renascimento e o nascimento da Ciência Moderna; o iluminismo e a ciência clássica do século XIX; a Ciência do século XX e as perspectivas científicas para o futuro da humanidade. Como metodologia do trabalho pedagógico foram usadas leituras de livros de divulgação científica, de literatura clássica e de textos originais de cientistas, além de seminários, vídeos científicos, filmes relacionados à História da Ciência, peças teatrais, visitas a museus etc.
A dinâmica de trabalho para a discussão dos textos teve início com a divisão das turmas em dez grupos de quatro alunos. A cada semana, um grupo apresentou um seminário sobre o tema escolhido seguido por uma discussão aberta a todos os grupos que haviam previamente lido o texto em questão. Via de regra, as discussões foram proveitosas possibilitando um excelente exercício de interdisciplinaridade pelas ligações estabelecidas com as outras áreas do conhecimento como a Filosofia, a História, a Arte etc.
As peças teatrais foram muito enriquecedoras, particularmente “Copenhagen” e “Einstein” que, sem sombra de dúvidas têm, ambas, como pontos centrais de seus textos os dilemas éticos vivenciados por cientistas importantes do século XX. Essas peças geraram enorme polêmica entre os alunos e propiciaram uma série de discussões em sala de aula quanto à ética e à moral.
Os alunos desenvolveram uma monografia de fim de curso que se mostrou um instrumento de desenvolvimento e amadurecimento científico. Desde o primeiro dia de aula foram orientados para a sua elaboração com a utilização das normas e padrões ABNT quanto à estruturação do texto e as referências bibliográficas, bem como os elementos constitutivos de um projeto de pesquisa, como: a delimitação do problema, definição da base conceitual etc.
Neste projeto de inclusão da disciplina História da Ciência no Ensino Médio do CEFET-SP, os alunos acompanharam o desenvolvimento científico da humanidade desde os primórdios da civilização até os dias de hoje. Nesta grandiosa aventura da História, nos seus vários momentos, estudaram como os seres humanos se relacionam, em todos os tempos, com o conhecimento empírico-científico.
Ao longo do processo, perceberam e compreenderam que a Ciência pode ser estudada e aprendida de maneira integrada, incluída em um contexto social, político, econômico e científico, e então, em certa medida, passa também a ser vivenciada. Com isso passaram a manifestar maior autonomia, pois desenvolveram, para tanto, um instrumento mais poderoso que a inteligência: a imaginação. A par disso, a consciência da interdependência entre as disciplinas, o que resultou numa visão mais ampla e crítica. Com estas ferramentas certamente poderão continuar pesquisando e aprendendo sozinhos, se assim desejarem, amplificando a compreensão do significado de Ciência.
Na análise deste processo situo como eixo inicial de apreensão: a própria Ciência. Gradativamente, os alunos foram desconstruindo o conceito pronto e acabado de Ciência, que infelizmente é encontrado, ainda hoje, na maioria dos livros didáticos. Mais importante para nós, professores e alunos, é compartilhar a idéia de que a Ciência exerce um papel relevante na vida social e produtiva do ser humano, nos seus aspectos positivos e negativos. Não podemos negar as facilidades que a Ciência e a tecnologia trazem para o nosso cotidiano, nem a sua ação devastadora, como vimos nos atentados terroristas, de 11 de setembro de 2001, que causaram perplexidade mundial. O compartilhamento dessas idéias tornou-se viável através de um novo olhar do processo ensino-aprendizagem que colocamos em prática nos encontros semanais.
Ao conquistar a confiança dos alunos nesta nova empreitada, adquiri uma nova postura, buscando na minha prática pedagógica o que existe de positivo, observando-a com um olhar atento, sem medo das transformações e buscando as novas ações para transformar o ensino de História da Ciência num espaço alegre de compartilhamento, de parceria com alunos e outros professores, de construção individual e coletiva, de aprendizagem. Neste novo olhar, a atitude interdisciplinar tomou conta da minha ação docente. Numa postura interdisciplinar procuro ser um provocador de dúvidas, reflexões e questionamentos. A minha intervenção na construção do saber é necessária apenas para redirecionar os alunos, nos momentos de angústia, no caminho escolhido para a aprendizagem de determinados assuntos.
A interdisciplinaridade é um processo que precisa ser vivido, exercitado. O exercício deste processo ameniza, no interior do professor, o egoísmo, a vaidade e o orgulho. O principal fundamento da interdisciplinaridade é a humildade decorrente da visão panorâmica da realidade, em que a disciplina isolada deixa de ser importante se ela não for parte do todo que os seres humanos vivenciam consciente ou inconscientemente.
O espaço curricular História da Ciência mostrou-se capaz de promover o desenvolvimento científico e tecnológico, estimulando a compreensão e o respeito pela Natureza que nos envolve, bem como as relações com a Arte, a Filosofia, a Literatura e a História. O aluno crítico e pensante, que aprende a aprender, está preparado para os exames oficiais e os vestibulares, pois, as novas concepções de Educação, que não deixaram de lado os conteúdos, passaram a contextualizá-los de forma interdisciplinar, possibilitando o desenvolvimento do pensamento em resposta aos desafios vitais. São estes os alunos que o novo tempo pede urgentemente, porque se torna cada vez mais importante a compreensão da interdependência entre todos os seres humanos.
Trabalhar com os alunos do CEFET-SP neste espaço curricular foi uma experiência bem sucedida, um desafio vencido. Ficou claro que é possível trabalhar de forma interdisciplinar e contextualizada e que a História da Ciência é um dos instrumentos que possibilita essa tarefa pedagógica.
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