domingo, 12 de outubro de 2008

O JORNAL, A REVISTA, OS FOLHETINS E A INTERNET COMO INSTRUMENTOS DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA NA ESCOLA

Diamantino Fernandes Trindade




OBJETIVOS

O presente trabalho tem como objetivos analisar, sob a ótica da interdisciplinaridade, alguns aspectos do projeto História da Ciência e Divulgação Científica desenvolvido, desde 2003, com os alunos do segundo ano do Ensino Médio do CEFET-SP e a sua função como instrumento integrador da Área de Ciências da Natureza, Matemática e suas tecnologias. O projeto contribui também para desenvolver nos alunos uma visão da Ciência como processo de construção diária. Uma visão geral da divulgação científica mostra a sua importância, numa época como a nossa, em que desempenha papel indiscutível no processo social, histórico e econômico.
Este trabalho relata algumas atividades desenvolvidas no projeto, de forma que podem ser utilizadas por professores de Física, Matemática, Biologia e Química da Rede Pública e da Rede Privada no contexto particular de cada disciplina, utilizando instrumentos como: jornais, revistas, elaboração de folhetins de divulgação científica, murais de divulgação científica e a internet.
Na experiência em questão, a divulgação científica na escola mostrou-se um importante veículo para o aprendizado da Ciência, tornando-a mais acessível aos aprendizes, iniciantes no seu estudo.


INTRODUÇÃO
A Educação Nacional passa por profundas mudanças, visando ajustar-se aos pressupostos da Lei de Diretrizes e Bases, LDB 9394/96. Em seus artigos 35 e 36, a LDB delineia o perfil de saída do aluno do Ensino Médio especificando a importância da “compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada espaço curricular”. Também enfatiza que o currículo do Ensino Médio, voltado ao exercício da cidadania, deverá destacar a educação tecnológica básica e a compreensão do significado da Ciência.
É indiscutível que nossa sociedade tornou-se totalmente dependente das ciências e de suas tecnologias. Em todas as ações diárias elas se fazem presentes; portanto, cientistas, tecnólogos e professores têm como responsabilidade contribuir para sua maior compreensão. Ao adquirir algum conhecimento científico, os indivíduos tornam-se aptos a discutir criticamente as reais possibilidades e as conseqüências da sua utilização. Ninguém que pretenda ser um cidadão participante pode ignorar tal fato, daí a importância da sua divulgação.
Os meios de divulgação e popularização das ciências evoluíram acompanhando a própria evolução da Ciência. Contudo não devemos confundir a popularização com a vulgarização. Trata-se de uma atividade complexa e rica na qual conhecimentos científicos e tecnológicos são postos ao alcance da população, de tal modo que esta possa torná-los apropriados para entender aspectos do mundo moderno e utilizá-los nas suas ações cotidianas. A divulgação científica assume, dessa forma, um papel de destaque diante da necessidade da socialização do saber e da velocidade com que este se acumula.
O Brasil iniciou um movimento ambicioso para ampliar a divulgação científica. Os indícios dessa prática são muitos e podem modificar o panorama da popularização do conhecimento científico no país. Podemos citar alguns exemplos: a revista “Pesquisa Fapesp” passou, a partir de março de 2002, a ser comercializada em bancas e aumentou a sua tiragem de 24 mil para 30 mil exemplares. A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) reformulou, em julho de 2002, a revista “Ciência e Cultura”, aproximando-a mais do público leigo. Em junho de 2002, a Duetto Editorial lançou a versão brasileira da “Scientific American”, uma das mais importantes revistas mundiais de divulgação científica. O CNPq investiu cerca de R$ 450 mil para a criação de um portal na internet que aglutina informações sobre 120 centros e museus de ciência brasileiros.
Devemos também levar em consideração as revistas mais populares como a Galileu (que circulou até agosto de 1988 com o nome de Globo Ciência) e Superinteressante, com tiragens de 180 mil e 467 mil exemplares respectivamente, o que denota, pelo menos, o interesse pelos temas científicos.
Percebe-se ainda, uma crescente incorporação nas escolas, de eventos como as chamadas Feiras de Ciências, com ênfase no aspecto da divulgação e popularização da Ciência.
Em função de tudo isso, a divulgação científica assume um papel de vital importância na formação dos jovens cidadãos do século XXI que possuem uma visão mais ampla e panorâmica do mundo e da vida, o que impõe aos professores dos espaços curriculares da Área de Ciências da Natureza, Matemática e suas tecnologias, uma nova visão dos processos de ensino e aprendizagem. Necessitam assim uma atenção especial às novas descobertas da Ciência e da tecnologia, que permeiam o cotidiano dos cidadãos dos novos tempos. A divulgação científica surge, portanto, como um importante veículo para o trabalho do professor nos espaços de aprendizagem e no âmbito da escola.
A metodologia do projeto consistiu em:
a) Planejamento detalhado das atividades.
b) Desenvolvimento das experiências junto aos alunos e registro do trabalho e motivação dos grupos.
c) Análise crítica de todo o processo.
d) Conclusões e recomendações para trabalhos futuros.



PRESSUPOSTOS TEÓRICOS

Ciência e Divulgação Científica

Várias são as concepções de Ciência. De acordo com Japiassu (1996) é a modalidade de saber constituída por um conjunto de aquisições intelectuais que tem por finalidade propor uma explicação racional e objetiva da realidade. Conforme Mora (2003), a Ciência é uma criação humana que desempenha um papel indiscutível no processo de civilização, é uma atividade intelectual cujos resultados têm repercussão em todos os âmbitos da existência. Diz ainda que, em geral, tem-se a falsa imagem de que a Ciência é uma tarefa desarticulada das outras atividades humanas. Até o final do século XIX, qualquer pessoa culta podia ler, da mesma forma que uma obra literária ou filosófica, uma grande variedade de obras científicas. O conhecimento científico formava uma unidade, um só corpo, que era conhecido como filosofia natural, e o acesso a esse conhecimento ocorria verbalmente nas escolas, através da publicação de obras relativamente acessíveis e através da comunicação textual de cientistas ente si e com leigos no assunto.
Desde o início do século XX, e mais precisamente a partir da Segunda Guerra Mundial, a Ciência, no seu avanço e especialização, utilizou cada vez menos, termos da linguagem comum, criando às vezes um léxico hermético, mesmo para cientistas de outras áreas. No final do século XX, essa comunicação passou a apresentar um fosso aparentemente intransponível: a linguagem superespecializada da ciência moderna.
Neste contexto, a divulgação escrita da ciência tem como objetivo tornar acessível esse conhecimento superespecializado. Não se trata de uma simples tradução, no sentido de verter de uma língua para outra, mas de criar uma ponte entre o mundo da Ciência e os outros mundos. A importância da Ciência, nos dias de hoje, é inquestionável e a importância dessa comunicação não é menor, pois ela é o veículo que possibilita ao público leigo a integração do conhecimento científico à sua cultura que procura explicar, a seu modo, o mundo que o cerca de uma outra linguagem.
Não existe uma fronteira bem delineada entre divulgação e ensino convencional. Podemos dizer que o ensino, ao apresentar conceitos, o faz (ou tenta fazê-lo) enfatizando o ideal da metodologia científica, ainda que se deva observar que, com isso, não melhorou necessariamente. A transposição didática, ou seja, a passagem do conhecimento como produto primário da pesquisa científica para o conhecimento que vai ser ensinado, deve levar em conta a riqueza dos processos reais de elaboração do conhecimento primário; caso contrário, a transposição será uma degradação, podendo ocorrer o mesmo com a divulgação.
A distinção entre texto científico e de divulgação científica também não é bem definida. Enquanto a Ciência possui todo um arsenal de técnicas, de metodologias teóricas e práticas e diversos tipos de linguagem – em particular, a Matemática, que dá suporte e sentido aos seus conteúdos. A divulgação precisa, de alguma maneira, prescindir disso tudo e utilizar apenas ferramentas da linguagem escrita para recriar os conceitos da Ciência, reproduzir as imagens, utilizar modelos e comparações e, resgatar a essência do conhecimento científico.
Seja qual for o tema científico, a obra deve despertar prazer no leitor. Por outro lado, a divulgação deve ser fiel à mensagem científica, no sentido de transformar sem desvirtuar. Segundo Goldsmith (1986):

O divulgador da ciência deve ajudar aqueles que não são cientistas a adquirirem uma maior profundidade, de sorte que também eles possam ser capazes de desfrutar o poético da experiência científica. Mas, para fazê-lo, o divulgador científico deve sentir grande simpatia por seus semelhantes. A divulgação da ciência exige que ela seja compreensível a todos; para que isso aconteça, o divulgador deve captar as formas de expressão das pessoas e enriquecê-las.

Uma parte considerável da divulgação científica é feita pela mídia. De acordo com Mora (2003), para a maior parte dos jornalistas, o importante é chegar às massas, e, em geral, eles contam com recursos e habilidade para fazê-lo. No entanto, para os cientistas, o jornalista costuma deturpar a informação, pois não tem conhecimento científico especializado. Um outro problema do jornalista é a sua tendência a fazer de toda informação uma matéria de impacto.
Na escola, o professor surge como o primeiro divulgador científico na vida do aluno. Como todo ser humano, o professor tem suas tendências políticas, filosóficas e científicas. No entanto, não é seu objetivo deturpar a Ciência e sim, de algum modo, divulga-la. A escola, então, se torna um espaço interessante para a divulgação da Ciência. Para tanto, o professor de ciências do Ensino Médio precisa estar habilitado para tal mister. É necessário que, gradativamente, deixe de lado o cartesianismo fragmentário com suas conseqüências que ainda permeiam a sociedade e, em particular, os sistemas de ensino.
Como vimos anteriormente, a LDB 9394/96, em seus artigos 35 e 36, delineia o perfil de saída do aluno do Ensino Médio especificando a importância da “compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no ensino de cada espaço curricular. Também enfatiza que o currículo do Ensino Médio, voltado ao exercício da cidadania, deverá destacar a educação tecnológica básica e a compreensão do significado de Ciência”.


Os textos legais
A Lei 9.394/96 determina a construção de currículos, no Ensino Fundamental e Médio com uma Base Nacional Comum. Quando a LDB destaca as diretrizes curriculares específicas do Ensino Médio, ela se preocupa em apontar para um planejamento e desenvolvimento do currículo de forma orgânica, superando a organização por disciplinas estanques e revigorando a integração dos conhecimentos, num processo permanente de interdisciplinaridade. Essa proposta de organicidade está contida no artigo 36:

...destacará a Educação tecnológica básica, a compreensão do significado de ciência, das letras e das artes; o processo histórico de transformação da sociedade e da cultura; a língua portuguesa como instrumento de comunicação, acesso ao conhecimento e exercício da cidadania.

A Base Curricular Nacional foi organizada por áreas de conhecimento e isto não implica desconsideração ou esvaziamento dos contextos, mas a seleção e integração das que são importantes para o desenvolvimento pessoal e para o estabelecimento da participação social. Esse conceito de organização curricular não deixa de lado os conteúdos específicos, mas considera que eles devam fazer parte de um processo global com várias dimensões articuladas. A reforma curricular do Ensino Médio estabeleceu a divisão do conhecimento escolar em três áreas: Linguagens, Códigos e suas tecnologias; Ciências da Natureza, Matemática e suas tecnologias e Ciências Humanas e suas tecnologias. A organização dessas três áreas tem como base a reunião daqueles conhecimentos que compartilham objetos de estudo e criam, em função de sua facilidade de comunicação, condições para que a prática escolar se desenvolva numa perspectiva de interdisciplinaridade.
Numa visão interdisciplinar da área de Ciências da Natureza, Matemática e suas tecnologias, o projeto História da Ciência, com ênfase em divulgação científica, credencia-se a ser um instrumento aglutinador. Podemos citar como exemplos que um entendimento atual do conceito de energia, dos modelos atômicos e moleculares não é algo particular da Física, pois também diz respeito à Química e fundamental à Biologia Molecular. São conceitos que transitam entre essa e outras disciplinas e podem também ser interpretados quantitativamente pela Matemática. A poluição ambiental não é, em particular, um problema físico, químico ou biológico. Não cabe apenas dentro das fronteiras das Ciências da Natureza, mas também das Ciências Humanas.
A investigação e compreensão científica e tecnológica direcionam-se no sentido da representação e comunicação em Ciência e tecnologia que estão associadas a Linguagens e Códigos. A contextualização sócio-cultural e histórica da Ciência e tecnologia associa-se às Ciências Humanas. A História da Ciência e a divulgação científica criam, então, importantes interfaces com as outras áreas do conhecimento. O caráter interdisciplinar da História da Ciência não aniquila o caráter necessariamente disciplinar do conhecimento científico, mas completa-o, estimulando a percepção entre os fenômenos, fundamental para grande parte das tecnologias e para o desenvolvimento de uma visão articulada do ser humano em seu meio.
A História da Ciência e a divulgação científica possibilitam, então, uma construção e uma compreensão dinâmica da nossa vivência, da convivência harmônica com o mundo da informação, do entendimento histórico da vida científica, social, produtiva do Planeta e do Cosmos, ou seja, é um aprendizado com aspectos práticos e críticos de uma participação no romance da cultura científica, ingrediente primordial da saga da humanidade. É um espaço interdisciplinar estratégico do ponto de vista educacional, pois procura enfatizar a ética científica, respeitando a humanidade e a sua história, e desta forma, resgatando o homem no seu sentido superior.


DESENVOLVIMENTO E PROCEDIMENTOS DO PROJETO
No quadro curricular estão previstas quatro aulas semanais para o projeto. No início de cada encontro é feita uma breve exposição teórica do tema em questão. Em seguida os alunos, divididos em grupos de quatro componentes, dão seqüência às atividades do dia.
Algumas das atividades desenvolvidas são:

· Sessão Marcelo Gleiser
· Mural de divulgação científica
· Produções textuais e internet
· Elaboração de folhetins de divulgação científica


Sessão Marcelo Gleiser

Marcelo Gleiser é um dos principais divulgadores científicos da atualidade. Seus livros são best-sellers e todos os domingos no Caderno Mais!, do jornal A Folha de São Paulo, é publicada a sua coluna Micro e Macro onde são abordados temas polêmicos sobre a Ciência como buracos negros, big-bang, relatividade, pesquisa científica, ética e moral na Ciência, clonagem, meio ambiente e outros.
No início de cada encontro semanal um grupo apresenta o tema abordado por Marcelo Gleiser no domingo anterior. Em seguida acontece um debate com perguntas e comentários livres. Este é o primeiro contato, mais direto, dos alunos com a divulgação científica.
O grupo apresentador tem a responsabilidade de fazer uma pesquisa paralela para viabilizar o contraponto crítico em função da opinião de outros autores. Esta atividade tem se mostrado bastante produtiva e coloca os alunos em contato com temas da Ciência que permitem uma reflexão sobre a construção do conhecimento científico.


Mural de divulgação científica

A cada encontro, fazemos a atualização do mural de divulgação que fica exposto no saguão da escola. Durante a semana selecionamos nos jornais, revistas e internet, as matérias que consideramos mais importantes e que são montadas na forma de papers em papel A4. Esse material fica exposto durante a semana possibilitando para toda a comunidade escolar um contato com as mais recentes notícias científicas.


Produções textuais e internet

Uma atividade importante é a divulgação científica produzida pelos alunos através de textos. Vários temas são propostos periodicamente para que os grupos desenvolvam suas produções em sala de aula. Podemos citar como exemplos: as telecomunicações no Brasil desde o Segundo Império; o importante trabalho dos sanitaristas brasileiros como Vital Brasil, Carlos Chagas, Oswaldo Cruz e Adolfo Lutz; o aquecimento global e o protocolo de Kyoto; os grandes físicos modernos e a bomba atômica.
Esta atividade coloca os alunos, através da pesquisa, em contato com as revistas de divulgação científica como Superinteressante, Galileu e Scientific American Brasil, bem como as páginas de Ciência dos principais jornais brasileiros e a internet.


Elaboração de folhetins de divulgação científica

No início de cada semestre, cada grupo escolhe um tema para ser abordado na forma de folhetim (quatro páginas – papel A4 dobrado ao meio). Cada folhetim tem um nome e traz na quarta página as referências bibliográficas, os autores e os créditos relativos à Instituição, o curso, o professor e a turma. No final de cada semestre é feita uma mostra de todos os trabalhos no mural de divulgação científica já citado anteriormente. Uma versão, em preto e branco, é impressa e distribuída na escola. É uma atividade que tem muito sucesso e é utilizada por professores de outras áreas.


CONSIDERAÇÕES FINAIS
Na atualidade, a maioria dos programas escolares ainda está fundada no pressuposto de que os conhecimentos podem ser aprendidos numa ordem lógica predeterminada. Ou seja, parecem ignorar que a aprendizagem acontece, preferencialmente, como uma resposta aos desafios do momento da vida do estudante. Sem esses desafios da vida o pensamento morre. Talvez isto nos de uma pista para compreender o fracasso das nossas escolas – não há como dar vida a um conhecimento morto. Ocorre então o esquecimento do que foi supostamente aprendido.
O ensino voltado apenas para a transmissão de informações e que visa os bons resultados nos exames vestibulares encontra-se distanciado de uma formação completa, interdisciplinar, multidisciplinar e abrangente que permita uma preparação para o acompanhamento das rápidas transformações da Ciência, da tecnologia e da sociedade em geral.
Num mundo em que a informação é cada vez mais valorizada, por ser cada ver mais fácil o seu acesso, cresce o valor de tal formação. Num momento em que a velocidade das transformações sociais e tecnológicas é alucinante, aprender a aprender é um requisito que não pode ser descartado pelo cidadão, que necessita ler bem, tanto revistas, jornais, sítios da internet, como livros, inclusive como instrumento para uso crítico de outros meios de informação e educação.
Desde os primeiros encontros do nosso projeto, os alunos começam a tomar contato com as novas concepções do conhecimento e da Educação, dentro das suas possibilidades para o atual estágio de maturidade. Vão, gradativamente, percebendo a importância do “pensar” em lugar do “memorizar”. As produções, ao longo do ano, mostram a sua evolução e eles percebem a importância da História da Ciência e da divulgação científica no grande romance da construção do conhecimento.
O estabelecimento de parcerias com os professores de outras áreas, além de nos auxiliar no projeto, mostrou a importância da interdisciplinaridade e da interdependência entre os seres humanos, elemento importante nas novas concepções da construção do conhecimento. Tem sido viável compartilhar não só as idéias, mas também as ansiedades diante das novas situações.
Quando fiz a descrição de algumas das atividades propostas no projeto, tive a intenção de mostrar aos colegas professores de Física, Química, Biologia e Matemática que, independentemente da existência de um espaço curricular específico como o projeto História da Ciência e divulgação científica, cada um pode, dentro das suas possibilidades, utilizar um ou vários desses instrumentos, incluídos no projeto de ensino, nas suas aulas e, de alguma forma, começar a modificar o ensino tradicional anacrônico por algo mais prazeroso para os alunos, abrandando assim a repulsa por tais disciplinas.
O projeto História da Ciência, com ênfase na divulgação científica, para os alunos do segundo ano do Ensino Médio do CEFET-SP é uma experiência inovadora e prazerosa e que pode ser incorporada por todos os professores da área de Ciências da Natureza, Matemática e suas tecnologias, tanto da Rede Pública como da Rede Privada.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais. Ensino Médio. Brasília, 1999.
DIEGUEZ, Flávio & MELO, André Chavez. Divulgação científica tem ofensiva inédita. São Paulo: Folha de São Paulo, p. A 14, 2002.
EPSTEIN, Isaac. Divulgação Científica: 96 verbetes. Campinas: Pontes, 2002.
GOLDSMITH, Maurice. The Science Critic. London: Routledge & Kegan Paul, 1986.
JAPIASSU, Hilton & MARCONDES, Danilo. Dicionário Básico de Filosofia. 3 ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1996.
MORA, Ana Maria Sanches. A divulgação científica como literatura. Rio de Janeiro: UFRJ, 2003.
TRINDADE, Diamantino Fernandes. História da Ciência: um ponto de mutação no Ensino Médio – A formação interdisciplinar de um professor. Dissertação de Mestrado. São Paulo: UNICID, 2002.
TRINDADE, Diamantino Fernandes & TRINDADE, Lais dos Santos Pinto. A História da História da Ciência: uma possibilidade para o ensino de ciências. São Paulo: Madras, 2003.
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