Diamantino Fernandes Trindade
Arrhenius nasceu no condado de Wijk, próximo a Uppsala, em 1859. onde realizou seus primeiros estudos e a graduação. Foi para Estocolmo, onde cursou o doutorado, orientado pelo professor Erik Edlund.
Aos 22 anos, Arrhenius já havia realizado várias experiências relacionadas com a passagem da corrente elétrica através de soluções aquosas e continuou essa pesquisa como preparação para o doutorado. Durante dois anos, trabalhando no laboratório da Universidade Uppsala, coletou um número significativo de dados sobre centenas de soluções aquosas e suas concentrações.
As anomalias observadas nas propriedades das soluções de eletrólitos, substâncias que, em meio aquoso, conduzem corrente elétrica, levaram-no a estabelecer a célebre Teoria da Dissociação Eletrolítica. Os fundamentos dessa teoria foram apresentados pela primeira vez á comunidade científica quando da defesa de sua tese de doutorado, em 1884, no Instituto de Física de Estocolmo, passando a se dedicar exclusivamente a sua pesquisa sobre eletrólitos (1886-1890). Tratava-se de uma proposição revolucionária e seus professores a acharam tão diferente de suas próprias idéias que, muito a contra-gosto, concederam-lhe o titulo de doutor. Definitivamente tornou-se o criador da Teoria da Ionização dos Eletrólitos (1887).
Sem perder a coragem, enviou cópias de sua tese para vários cientistas. A maioria não levou a sério a suas idéias (o novo sempre assusta). No entanto, recebeu o apoio de cientistas renomados da época como William Ostwald, Ludwig Boltzman e Jacobus Van´t Hoff. Ostwald ficou tão impressionado que viajou da Alemanha para a Suécia a fim de encontrar-se com Arrhenius. Estimulado por esse apoio, foi estudar na Alemanha e na Holanda.
Segundo Arrhenius, os eletrólitos em solução aquosa dissociavam-se em partículas carregadas eletricamente e a soma das cargas positivas e negativas era igual, sendo a solução, portanto, eletricamente neutra. Essas partículas carregadas, denominadas ânions, quando negativas, e cátions, quando positivas, se formavam a partir de estruturas químicas das substâncias solubilizadas.
Mesmo convidado a ir para Leipizg como professor da Universidade resolveu voltar á Suécia como conferencista e professor secundário (Ensino Médio). Sua teoria ainda não havia conquistado aceitação geral e os que eram contra chamavam seus adeptos de horda selvagem de ionianos. Dois anos depois foi eleito Reitor do Real Instituto de Tecnologia de Estocolmo (1886). Em 1889, publicou seu trabalho Sobre a Dissociação das Substâncias em Solução Aquosa. Apesar de forte oposição, foi nomeado membro da Academia Sueca de Ciências em 1901.
Em 1903 ganhou o Prêmio Nobel de Química por sua Teoria da Dissociação Eletrolítica. Finalmente foi reconhecido como grande cientista. Foi-lhe oferecido o cargo de professor de Química na Universidade de Berlim, porém tendo o rei da Suécia fundado o Instituto Nobel de Físico-Química, em 1905, Arrhenius tornou-se o seu diretor, cargo que exerceu até 1927 quando veio a falecer.
Arrhenius criou o termo Efeito Estufa (1896), prevendo que a queima de combustíveis fósseis, como o petróleo e o carvão, aumentaria a quantidade de gás carbônico na atmosfera e causaria o aumento da temperatura de todo globo terrestre.
O sucesso de Arrhenius deve ser creditado não apenas ao seu brilho como cientista, mas também á convicção com que sustentava seus pontos de vista. O modelo iônico das soluções aquosas mudou de maneira significativa a Química Inorgânica.
SITIOGRAFIA
www.sobiografias.hpg.ig.com.br/SvanteAA.html
www.terravista.pt/Bilene/1185/Químicos.html
domingo, 12 de outubro de 2008
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